O cibercrime causou prejuízos que totalizaram 6 trilhões de dólares globalmente em 2021, de acordo com dados apresentados. Especialistas preveem que esses custos devem aumentar significativamente nos próximos anos, alcançando a marca de 10,5 trilhões de dólares por ano até 2025, um crescimento de 15% ao ano. Essa escalada demonstra a maior transferência de riqueza econômica já vista, representando uma ameaça muito preocupante para todos. Os danos causados pelo cibercrime superam os prejuízos de desastres naturais e até mesmo o lucro gerado pelo narcotráfico.
Essas estimativas se baseiam em dados históricos de crimes cibernéticos, considerando diversos fatores como perda de dados, roubo financeiro, interrupção de serviços, entre outros. Os Estados Unidos, como a maior economia do mundo, são particularmente afetados, com um quarto de sua economia mundial sendo impactada por ataques cibernéticos.
A dimensão do problema é tão grande que autoridades do FBI alertaram que todos os cidadãos americanos devem presumir que suas informações pessoais já foram comprometidas e estão circulando na “dark web”, uma parte obscura e não indexada da internet usada para atividades ilícitas. A dark web é um mercado onde criminosos negociam malwares, kits de exploração e serviços de ataque, que podem paralisar desde empresas até infraestruturas vitais de um país.
Warren Buffet, renomado empresário e filantropo, considera o cibercrime como o principal desafio da humanidade, superando até mesmo ameaças nucleares. O Ransomware, uma das formas mais eficazes de cibercrime, está em ascensão, com previsões indicando que seus custos globais podem chegar a 265 bilhões de dólares anualmente até 2031. Este tipo de ataque ocorre a cada vez com mais frequência, com estimativas apontando um ataque a cada dois segundos até 2031. Mesmo empresas de porte médio estão sendo fortemente visadas, com 60% delas sendo alvo de ataques nos últimos meses, resultando em gastos significativos para recuperação dos sistemas.
É esperado que o crescimento do Ransomware leve os líderes empresariais a considerarem de forma mais séria as ameaças cibernéticas, conforme indicado pelo diretor executivo da US Cyberspace Solarium Commission (CSC), Mark Montgomery.